Boiadeiro, Meu Amigo Leal, Pai José.
- Thaís Almeida
- 24 de jul.
- 1 min de leitura
Hoje eu quero lhes contar,
mais um pouco de minha inspiração,
Pai José, o boiadeiro,
foi quem abriu as porteiras do meu coração.
No laranja da vela firmou meus passos,
No seu olhar me ensinou a inspiração,
pra levar a vida com simplicidade,
essência, amor e determinação.
"— Aqui", ele disse, mexendo o cigarrinho de palha,
"o caboclo tá protegido."
Vocês viram que em nenhum momento
eu soltei esse caboclo dos meus dedos,
e que em todo tempo ele estava virado
em direção dos meus braços, sob minha proteção.
Pai José seguia o ensinamento
rodeado de olhos curiosos e atentos.
era um tanto de filho
grudado em cada pequeno movimento de sua mão.
Sua voz era feito um laço
que abraçava a todos pra perto.
O momento era de aprendizado sério,
mas cheio de afeto aberto.
A forma profunda como Pai José
olhava em nossos olhos
revelava a profundidade da lição.
Mas ao mesmo tempo
era um Pai ensinando seus filhos
um legado de nego
que carece de continuação.
Vela no pé, café na xícara,
e um chapéu que quase esconde os olhos...
A gente cai pro mundo e vai ser gente grande
pra laçar nossa boiada,
mas nunca a gente deixa de ser
aquele cigarrinho de palha
entremeado nos dedos da proteção de José.
Ajetruá, minha estrela boieira...
Cruz do meu estradão...
Seja comigo todos os dias,
meu amigo e Pai,
olhai sempre minhas oração...
Êh boi! Boiadeiro, Meu Amigo Leal!
Comentarios